Nosferatu

Os filhos de Caim são apelidados de "Os Condenados", e ninguém encarna mais neste papel que os miseráveis Nosferatu. Os Nosferatu carregam consigo uma antiga e terrível maldição, pois já não são feitos á imagem de Deus; a transformação vampirica, deformou-lhes o corpo, transformando-os em abominações aos olhos dos homens e dos anjos. Marginalizado pela sociedade dos mortais e dos vampiros, estes seres deformados assombram as catacumbas e todos os tipos de lugares escuros e desertos. Os Nosferatu raramente confraternizavam com os mortais, mas ficaram enraizados na sociedade dos humanos como monstros. Outros vampiros, com medo dos roubos dos Nosferatu aos seus clãs, levaram estas criaturas a procurar abrigo em baldios, longe das sociedades. Este exílio forçado, combinado com a revulsão intrínseca que a sua aparência inspirava, tornou-os perfeito bode expiatório para tudo o que não tinham explicação, real ou imaginário. Esta malvada (e nada merecida) reputação forçou os Nosferatu a estarem para sempre em movimento, sempre escondidos, sem poderem descansar devido ao medo da exterminação.
Muitas vezes eles evitaram a sua destruição traficando preciosas informações. A sua dependência em fazer as coisas pela calada, comunicar com bestas e estar sempre em movimento de lugar para lugar, proporcionou lhe acesso a muita informação que os seus congêneres menos audazes não tinham conhecimento. Mesmo os Nosferatu que viviam nos perímetros das cidades, descobriram que as suas escolhas de estadia e de vítima, lhes forneciam conhecimento secreto de todo o tipo de informações e de assuntos vulgares, inacessíveis mesmo ao mais grandioso clã. Os Nosferatu aprenderam que os mais refinados príncipes Ventrue muitas vezes cobriam o pescoço, tapavam o nariz e davam um pedinte ou dois, em troca de informação sobre o seu clã rival Lasombra. (e se o regateio se provasse fútil, os Nosferatu não estavam imunes a chantagens...)
Desde o aparecimento da Cristandade, muitos Nosferatu mudaram os seus comportamentos. Viam-se amaldiçoados por Deus, mas capazes da salvação através de Cristo (quem quer que fosse), aguentaram com firmeza e com sofrimento a sua penitência na terra, na tentativa de evitar o inferno. Como o Nosferatu tem de se manter escondido entre a camada social mais baixa dos mortais, encontram desta maneira muitas oportunidades de fazer bons trabalhos a partir da escuridão.
Cada Nosferatu é único, sendo cada um mais repugnante que o outro. As suas deformidades são tão exageradas como grotescas. Alguns têm aspecto de um corpo em decomposição, sem narizes e orelhas; outros se aparentam com demônios ou roedores vorazes. Muitos perdem o cabelo e deixam crescer inchaços e verrugas como os sapos. Alguns têm uma pele gordurosa e enrugada, outros horrivelmente não têm pele, parecendo-se como porcos esfolados num mercado. Um cheiro pestilento circunda os Nosferatu, atraindo muitas das vezes pragas de moscas e de gafanhotos. Em todos os Nosferatu, a falta de higiene é evidente. Num esforço para esconder a sua vergonha (e evitar os caçadores de bruxas), muito dos Nosferatu encobrem-se numa espécie de sarapilheira.
Abrigos: Os Nosferatu assombram sítios abandonados e pestilentos, de preferência ruínas, pântanos, florestas ou, de preferência, zonas infectadas por pragas. Nas cidades, tendem a habitar catacumbas antigas, leprosarias, masmorras e casas baratas fora dos limites da cidade. Os grandes montes de estrume comuns as cidades da época medieval, serviam de abrigo diurno (e era mesmo muito pouco provável que mesmo o mais zeloso caçador de bruxas, fosse escavar um monte de estrume á procura de um vampiro adormecido).
Antecedentes: Os Nosferatu escolhem as suas vitimas da mais baixa classe da sociedade: idiotas, leprosos, ermitãs, criminosos e vagabundos. Os Nosferatu na caminhada para o céu, muitas vezes castigam os orgulhosos, hipócritas e outros pecadores, forçando-os a entrar no clã. Os Judeus eram os favoritos, pois muitas das vezes eram inteligentes e práticos, mas não tinham proteção contra os vampiros. Ocasionalmente, um Nosferatu indignado, escolhe uma belas vítima para torná-la monstruosa, mas hoje em dia esta pratica já não é comum.
Personalidade: A maioria dos Nosferatu tem a ideologia de um pedinte ou de um estranho a uma sociedade. Os atributos físicos e os talentos são geralmente essenciais, pois têm de ser rápidos, espertos e tem de dar preparados para sobreviver com as suas inúmeras privações. Raramente tem aliados, contactos, servidores ou qualquer outra coisa que os ligue ao mundo dos mortais. Apesar de tudo, o raro humano que ajudar um Nosferatu, terá um amigo para a vida (e para a dos seus filhos, netos...). O caminho para o céu é comum entre os Nosferatu, seguido de perto pelo caminho da besta. Muitos Nosferatu rejeição o caminho da humanidade, não se considerando dignos da humanidade.

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